Goiás alcança a maior redução no desmatamento dos últimos 23 anos; queda de 48,8%

Resultados positivos 08/11/2024 às 19:16 • atualizado em 08/11/2024 às 19:19 Goiás alcança a maior redução no desmatamento dos últimos 23 anos; queda de 48,8%Dados do Inpe apontam que o Estado de Goiás é o terceiro com melhor índice de redução de desmatamento do Cerrado por Luana Cardoso Whatsapp Telegram Facebook Twitter Área de desmatamento em Goiás foi reduzida entre 2023 e 2024. Foto: Semad Área de desmatamento em Goiás foi reduzida entre 2023 e 2024. Foto: Semad

O Estado de Goiás alcançou o maior índice de redução do desmatamento dos últimos 23 anos. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontaram queda de 48,8% entre o período que vai de 1º de agosto de 2023 a 31 de julho de 2024 e o mesmo intervalo de tempo anterior (2022/23). Esta é a maior queda de áreas desmatadas desde o ano de 2001.

De acordo com o Prodes, um sistema do Inpe que utiliza imagens de satélites e gera balanços com periodicidade anual, em números absolutos, são 411,9 km² de vegetação suprimida em 2023/2024, enquanto que em 2022/2023 foram 804,3 km². Em números absolutos de área desmatada, medida em quilômetros quadrados, esse é o melhor resultado de Goiás na série histórica.

Ranking nacional

Em comparação com os outros estados, Goiás foi o terceiro com maior redução percentual no bioma Cerrado em 2023/2024, atrás do Distrito Federal (-72,2%) e da Bahia (-63,3%), ficando à frente do Mato Grosso (-29,5%), Minas Gerais (-27,6%), Mato Grosso do Sul (-22,2%), Maranhão (-15%), Piauí (-10%), Tocantins (-9,6%), e Rondônia (-8,1%). Entre os estados em que houve aumento do desmatamento, destacam-se São Paulo (+112,8%), Paraná (+33,3%) e Pará (+14,2%).

Na série histórica, iniciada em 2001, o recorde anterior havia sido registrado em 2019, com pouco mais de 668 quilômetros quadrados). Além de 2019, os anos com menores números absolutos foram 2016 (671,7 km²), 2020 (733,6 km²) e 2018 (742,5 km²).

Conforme a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, os resultados são fruto de uma estratégia que vai além do estabelecimento de normas e da fiscalização constante. “A fiscalização é importante, claro. Tanto é que estamos investindo constantemente em monitoramento de imagens de satélite e no fortalecimento das equipes de campo. Mas nosso trabalho não se resume a isso. Estreitamos o diálogo com o setor produtivo, criamos programas e demos um salto de eficiência inédito na prestação de serviços”, elencou.

A secretária destacou, ainda, que o período gasto na tramitação de pedidos de licenciamento ambiental caiu de três a quatro anos para 45 dias, o que estimulou proprietários de terra a atuarem na legalidade. “E a tendência é que esses percentuais continuem a cair com os recém-criados Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) e o Sistema de Reposição Florestal (Reflor)”, completou.

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