Pai explica o que aconteceu com bebê de 8 meses que foi velada viva em SC

Um caso chocante mobilizou a população da cidade de Correia Pinto (SC), na noite deste sábado (19). Após 12 horas de ter sido declarada morta, uma bebê de 8 meses "acordou" durante seu próprio velório. Ao perceber que a menina ainda tinha sinais vitais, a família acionou o Corpo de Bombeiros e a criança foi levada ao hospital. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o pai da bebê, Cristiano Santos, contou em detalhes tudo que aconteceu.

Nas redes sociais, o pai Cristiano Santos explicou em detalhes o que aconteceu com a filha Kiara, que foi velada viva em SC — Foto: Reprodução/Redes Sociais

"No velório, notamos que a menina estava bastante quente o dia todo. Quando você pegava na menina, sentia as puxadas que ela dava na mão. Liberaram o corpo dela quase às sete horas [da manhã]. Por volta das duas e meia, três horas da tarde, começamos a notar que a menina estava dando sinais vitais", disse em declaração ao Biguá Tá On, um portal local.

Segundo ele, assim que começaram a desconfiar que havia algo de errado, um enfermeiro foi acionado para medir os batimentos cardíacos da bebê. Na sequência, conselheiras tutelares repetiram o procedimento. Até que, finalmente, cerca de 1h20 depois, o Corpo de Bombeiros chegou ao local. "A menina já estava há 12 horas no caixão e os bombeiros constataram 65 batimentos por minuto e saturação de 86. Então, automaticamente a menina tinha vida", lembrou o pai.

A pequena Kiara Crislayne de Moura dos Santos foi levada novamente à Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli, onde havia sido declarado o seu óbito inicialmente. Mais uma vez, foi atendida pela equipe médica plantonista. Porém, ao chegar lá, infelizmente já não apresentava mais sinais vitais. Seu óbito foi declarado novamente.

Família questiona procedimento do hospital

Agora, Cristiano, o pai da menina, diz que quer entender o que realmente aconteceu entre o traslado até o hospital e o segundo atestado de óbito. "Não deixaram ninguém embarcar na ambulância, nem pai, nem mãe, ninguém, nenhum responsável. Pegaram e vieram", comentou. "Quando chegamos aqui no hospital, entraram, fecharam a sala e não deixaram ninguém entrar. Fecharam tudo, não sei qual procedimento fizeram lá. Depois de uma meia hora, vieram dizendo que não conseguiram pegar nenhuma pulsação."

Em nota, a Prefeitura de Correia Pinto disse que uma investigação será feita para esclarecer o caso. "A Diretora Geral da Fundação Hospitalar Faustino Riscarolli prontamente acionou o Instituto Geral de Perícias (IGP), que realizará a análise e emitirá o laudo conclusivo no prazo de aproximadamente 30 dias."

Entenda o caso

Na última quinta-feira (17), a pequena Kiara Crislayne foi levada ao hospital pela família após passar mal. "Ela deu entrada às 21h18. Aí foi constatado pelo doutor Wagner que seria virose. Ela foi medicada, foi dado soro para ela e ela foi liberada para casa", disse o pai.

Segundo Cristiano, a menina passou o dia seguinte à base de medicamentos, mas ainda com vômitos e diarreia. Até que, durante a madrugada, os pais perceberam que a bebê não estavam bem novamente e voltaram para o hospital.

"Chegando aqui, o médico foi fazer o procedimento. Fez massagem no peito da menina, colocou um tubo no nariz, como se fosse nebulizador, e pediu ajuda da acompanhante que estava ali dentro para ajudar ele. Tendo feito isso, não conseguiu reanimar a menina. Colocou um instrumento de ferro por dentro da garganta da menina, empurrou o tubo, continuou fazendo massagens. Não obteve sucesso. Então, ele declarou o óbito", afirma o pai.

Na sequência, o corpo da menina foi encaminhado à funerária São José. Também em declaração ao portal local, o dono do estabelecimento, Áureo Arruda Ramos, deu detalhes de como foi feito o procedimento.

"Chegando no hospital, a gente recebeu uma declaração de óbito na portaria. Viemos pra funerária e trouxemos o bebê pra cá, onde o Daniel, que é o nosso plantonista da noite, recebeu o corpo. A família foi buscar a roupa em casa e veio para cá. Nesse intervalo, a gente deu banho no bebê e fizemos o procedimento que é vestir a roupa e colocar dentro da urna. Criança não tem tanatopraxia", comentou. "Tudo isso a família estava conosco acompanhando, o pai e a mãe. No final da tarde eu recebi uma ligação de um familiar dizendo que a criança poderia estar viva. Eu pedi pra eles que entrassem em contato rápido, ligasse para o Bombeiro ou alguém tomasse a providência e levasse até o hospital."

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