Caso Cupertino: irmã de Rafael Miguel posta foto sobre aniversário de casamento dos pais mortos

A irmã mais velha de Rafael Miguel, Camilla Miguel, publicou nesta quinta-feira uma foto em homenagem aos pais, assassinados em 2019. A postagem foi feita horas após o adiamento do julgamento de Paulo Cupertino, acusado de ter matado o ex-ator de Chiquitas e o casal por ciúmes do relacionamento do artista com a filha, Isabela Tibcherani. O juiz responsável pelo caso decidiu suspender a sessão de ontem, após o réu pedir a substituição de seu advogado de defesa.

No post, Camilla disse que nesta quinta-feira os pais também comemorariam o aniversário de casamento e relatou que, apesar da suspensão da sessão, ela sentia uma "leveza depois de dias tão no escuro". "É com certeza vocês tocando no meu ombro e dizendo que a Justiça vai vir. Só o amor entre vocês e do Rafa prevalece entre todos nós", escreveu ela.

Camilla Miguel publica foto em homenagem aos pais, assassinados em 2019 ao lado do filho, Rafael Miguel — Foto: Reprodução

Relembre o caso

Paulo Cupertino é acusado de ter assassinado em Rafael Henrique Miguel, e seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel. Segundo a investigação, a motivação do crime teria sido porque ele não aceitava o relacionamento da filha com o ator.

Ele foi acusado pelo Ministério Público (MP) por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Depois do crime, Cupertino ficou foragido até 17 de maio desse ano, quando foi preso pela Polícia Civil, na capital paulista. Antes, chegou a fugir para outros estados e países.

Cupertino permanece preso e responde preventivamente pelos assassinatos. Os amigos dele, Eduardo Jose Machado, o "Eduardo da Pizzaria", de 45 anos, e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora, de 59 anos, respondem em liberdade por terem o ajudado a fugir e se esconder.

Para a sessão de julgamento desta quinta-feira, que acabou sendo suspensa, haviam sido convocadas sete pessoas para a composição do júri popular, que votaria se o acusado é culpado ou inocente, e ainda se o condenariam ou absolveriam. Mais de 20 testemunhas, entre as de acusação e de defesa, teriam sido arroladas para participar do júri, entre elas Isabela e sua mãe e ex-mulher de Cupertino, Vanessa Camargo.

Antes da sessão de ontem, Isabela e Vanessa pediram para prestarem depoimento por videochamada por "não se sentirem à vontade com a presença do réu no recinto". No entanto, elas tiveram a demanda negada pela Justiça e precisaram estar presentes nesta quinta-feira.

Horas após depor contra o pai, Isabela postou vídeos em seus Stories do Instagram, dizendo que se sentia "dilacerada" e que o dia tinha sido "o segundo pior de sua vida". "Estou me sentindo exausta emocionalmente, tomei um calmante e vou deitar, quero esquecer um pouco desse dia", afirmou ela, visivelmente emocionada.

Saiba o que levou à suspensão do julgamento

Segundo o ex-advogado de defesa, Cupertino teria sido autorizado inicialmente a estar presente no julgamento sem o uso de algemas. No entanto, no intervalo entre o depoimento da ex-mulher e da filha, ele teria mudado o comportamento para uma postura alterada, levando o magistrado responsável pelo caso a determinar que ele fosse algemado novamente.

Após se recusar a cumprir a determinação do juiz, ele pediu a retirada do advogado responsável pela sua defesa do caso. A lei não permite que um réu seja julgado sem um defensor, então o magistrado comunicou a dissolvidão do júri popular até que Cupertino tenha uma nova representação, que deve ser assumida pela Defensoria Pública.

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