Estiagem prejudica produção em Santa Catarina; situação preocupa

Safras em risco, níveis dos rios em queda e previsão de pouca chuva mobilizam ações emergenciais para produtores

A estiagem segue castigando Santa Catarina, deixando municípios do Meio-Oeste, Planalto Sul e Norte em estado de atenção. Desde a segunda quinzena de janeiro, as chuvas têm sido escassas, afetando diretamente o agronegócio e elevando os riscos de perdas nas lavouras.

Leia maisEstiagem prejudica produção em Santa Catarina – Foto: Divulgação/Freepik/ND

Com a previsão de precipitações abaixo da média nos próximos meses, produtores e governo buscam alternativas para minimizar os impactos da falta de chuva.

Calor intenso e estiagem

Segundo a Epagri/Ciram, este verão tem sido marcado pela atuação de massas de ar quente, provocando ondas fortes de calor. As frentes frias que costumam trazer chuvas estão passando mais ao sul, entre Uruguai e Rio Grande do Sul, atingindo Santa Catarina de forma isolada.

A situação é mais preocupante nas regiões do Extremo Oeste, Oeste e Meio-Oeste, onde a estiagem já afeta o nível dos rios e compromete o desenvolvimento das lavouras.

Safras em risco

O impacto da seca varia conforme a cultura agrícola. De acordo com a Epagri/Cepa, a colheita da soja já começou e deve ser uma das melhores dos últimos anos. No entanto, o mesmo não se aplica ao milho e feijão da segunda safra, que estão em fase de desenvolvimento e podem sofrer perdas importantes caso a escassez de chuvas continue.

“A falta de umidade no solo pode comprometer a produtividade dessas culturas, que necessitam de um volume adequado de chuva neste período para se desenvolver”, explica João Alves, analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa.

Estiagem prejudica produção em Santa Catarina – Foto: Divulgação/Freepik/ND

Ações emergenciais e apoio para produtores

Para reduzir os impactos da estiagem, o Governo do Estado mantém um conjunto de ações para apoiar os agricultores. Entre os programas disponíveis estão:

Os produtores interessados podem acessar esses programas nos escritórios da Epagri em seus municípios.

Previsão de chuvas

Conforme informações da meteorologista Gilsânia Cruz, a tendência é que até o fim de março, a chuva seguirá escassa e mal distribuída no interior do estado, ocorrendo com maior frequência no Litoral. Já em abril e maio, a previsão é de chuvas abaixo da média climatológica, aumentando o risco de períodos prolongados de estiagem.

Os volumes esperados variam entre 100 e 130 mm para o Oeste e Planalto e entre 150 e 210 mm no Litoral, mas a irregularidade das precipitações pode agravar ainda mais a crise hídrica no campo.

Com a seca persistindo e a previsão de pouca chuva, os produtores seguem em alerta, enfrentando mais um desafio para manter a produção agrícola e minimizar os impactos da estiagem.

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