Manter os pneus do veículo em boas condições de rodagem contribui para a segurança comportamental do carro, assim como ajuda o motorista a gastar menos combustível.
O consultor da General Motors do Brasil sobre pneumáticos e direção defensiva, Eduardo Fangel, explica que más condições mecânicas do automóvel, como, por exemplo, desalinhamento e desbalanceamento das rodas, provocam desgaste prematuro e anormal dos pneus.
A pressão incorreta também altera a área de contato da borracha com o solo, reduzindo a estabilidade do carro e aumentando o consumo de combustível.
Eduardo informa que deve-se calibrar os pneus semanalmente quando estiverem ainda frios, seguindo as orientações de pressão localizadas no manual do veículo correspondentes à carga transportada.
O estepe também deve ser mantido em bom estado e ser calibrado semanalmente com a carga máxima recomendada no manual.
Já o balanceamento deve ser realizado juntamente com o alinhamento nas seguintes situações: nas trocas de pneus, quando for feito rodízio, quando houver vibração ou desgaste irregular da banda de rodagem e sempre que o pneu for reparado.
O alinhamento também é recomendado quando: a suspensão sofrer forte impacto, o veículo desviar-se da trajetória imprimida e o pneu mostrar desgaste excessivo nas laterais.
Os grandes causadores dos problemas de alinhamento são impactos causados por buracos, lombadas e calçadas.
Ao estacionar, deve-se evitar atrito lateral com o meio-fio. Impactos podem causar ainda bolhas nas bandas laterais dos pneus.
Se a bolha apresentar mais de 2 milímetros de altura, deve-se trocar o pneu. Além disso, os pneus precisam ser substituídos quando os sulcos estiverem com profundidade entre 2 e 3 mm.
O rodízio de pneus compensa a diferença de desgaste entre os pneus dianteiros e traseiros.
Deve-se fazer o rodízio em intervalos de 5 mil a 8 mil km e também quando os pneus apresentarem desgaste irregular.
Em condições off-road (fora de estrada), Eduardo esclarece que a pressão deve ser reduzida para aumentar a capacidade de flutuação na lama e aumentar a área de tração na areia não compactada.
No entanto, a pressão normal deve ser mantida para rodar sobre a rocha e a água. Ele lembra que, após o uso off-road, é importante calibrar novamente os pneus com a pressão correta.
Sua segurança depende da manutenção dos pneus
Os especialistas estimam que mais da metade dos motoristas brasileiros trafeguem com os pneus descalibrados, provocando desgaste maior dos sulcos e consequentemente maior risco de acidentes. A Associação Latinoamericana de Pneus e Aros (Alapa) informa que, de acordo com a lei brasileira, os sulcos dos pneus devem ter no mínimo 1,6 milímetro. Pneus “carecas” ou “frisados” (aqueles nos quais alguns borracheiros fazem sulcos novos quando a banda de rodagem está abaixo do limite legal) são um perigo.
A entidade sugere a calibragem dos pneus a cada 15 dias, seguindo o índice indicado no manual do carro. O alinhamento deve ser feito a cada 10 mil quilômetros, na troca de um componente da suspensão ou dos pneus.
Se o carro começar a puxar para um dos lados, faça o alinhamento eletrônico. O balanceamento das rodas também é fundamental e deve ser feito com a mesma frequência.
Além disso, cada posição que a roda ocupa gera um tipo de desgaste, por isso também é importante fazer o rodízio para que os pneus se desgastem igualmente. Para completar, a Alapa alerta sobre a manutenção preventiva do sistema de freio a cada 10 mil quilômetros.
A troca do fluido de freio também é essencial e deve ser feita anualmente ou a cada 10 mil quilômetros.
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