Certamente o filme O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chainsaw Massacre) é uma das tramas mais famosas de terror do cinema. Contudo, o mais assustador é que o filme foi inspirado em uma história real.
O filme de terror independente e de baixo orçamento, dirigido por Tobe Hooper, foi lançado em 1974. Em 2003, a trama foi refilmada e dirigida por Marcus Nispel.
A trama se inspirou em Edward Gein, um violento assassino que ficou conhecido entre os anos de 1940 e 1950. Os crimes praticados por ele ocorreram na região de Plainfield, em Wisconsin, Estados Unidos.
O inspirador de O Massacre da Serra Elétrica
Extremamente sádico, Edward Gein, que ficou mais conhecido como Ed Gein, usava uma serra elétrica e facões. A grande maioria das vítimas escolhidas pelo assassino eram mulheres.
Além da crueldade, Gein também praticava o canibalismo e cozinhava partes dos corpos das vítimas.
Já a pele, ele usava para fazer roupas e máscaras. Essa peculiaridade foi inspiração para o personagem Leatherface, do filme O Massacre da Serra Elétrica.
Outra peculiaridade do assassino é que ele também invadia cemitérios para roubar restos mortais para fazer souvenires, que ele guardava como troféus.
Os casos que tiveram mais notoriedade
A morte de Georgia Weckler, de 8 anos, em 1947, foi um dos casos mais conhecidos atribuídos a Ed Gein. A menina desapareceu de Plainfield e mobilizou toda a cidade em sua procura. O corpo da criança nunca foi encontrado.
Outro caso que intrigou foi à morte de Evelyn Grace Hartley, que desapareceu em 24 de outubro de 1953, aos 15 anos, deixando para trás apenas um rastro de sangue. Mais de 3.500 pessoas foram investigadas sobre o sumiço da jovem e a morte dela foi atribuída a Ed Gein.
Em 1957, o desaparecimento misterioso de Bernice Worden, que era proprietária de um comércio local, fez com que os funcionários chamassem à polícia. Assim como nos outros casos, a vítima havia sumido sem deixar pista, a não ser um rastro de sangue.
As investigações policiais concluíram que Ed Gein teria ido ao comércio de Bernice e seria a última pessoa com quem ela tivera contato.
Gein foi encontrado tranquilo em um restaurante da cidade e ao ser interrogado negou qualquer envolvimento. Contudo, quando os policiais checaram a casa dele, encontraram partes de cadáveres, muito sangue, instrumento de torturas e até mesmo coisas construídas de pele humana.
No local, também estava o corpo de Bernice decapitado, pendurado pelos pés e aberto ao meio. A mulher tinha sido morta antes à tiros.
Na casa foram encontrados crânios que eram usados como tigelas de sopa, puxadores feitos de lábios humanos, cadeiras estofadas como peles humanas e entre outras coisas.
O assassino desejava uma mudança de sexo. Por isso, criou uma roupa de mulher com peles para vestir.
Não havia dúvida nenhuma de que Ed Gein era o assassino.
Condenação por somente duas mortes
Mesmo com todos os indícios de que Gein matou muitas pessoas, o assassino só foi condenado por dois homicídios e o desaparecimento de cinco pessoas.
Além de Bernice, Gein assumiu que matou Mary Hogan, proprietária de uma taverna local, que desapareceu em 1954. No julgamento, a defesa alegou que ele passava por um momento de confusão mental e lembrava apenas de dois assassinatos.
Por ter sido enquadrado como doente mental, Edward foi condenado a cumprir pena no hospital psiquiátrico Mendota Mental Health Institute.
Ed Gein morreu no dia 26 de julho de 1984 por insuficiência cardíaca e respiratória resultante de complicações de um câncer.
Até hoje não se sabe ao certo quantas pessoas matou o assassino que inspirou o filme O Massacre da Serra Elétrica.
Assassino continua despertando interesse décadas depois
A lápide do túmulo de Eward Gein foi roubada diversas vezes por pessoas que queriam uma lembrança de um dos assassinos mais famosos da história.
Contudo, em 2001, a lápide foi recuperada e está no Museu Histórico do Condado de Waushara, em Wisconsin, onde permanece em exposição.
Além de O Massacre da Serra Elétrica, a crueldade de Ed Gein também inspirou filmes como “Psicose” (1960) e “O Silêncio dos Inocentes” (1991).