As borboletas-monarcas (Danaus plexippus) possuem grande presença nas Américas. Essa espécie de borboleta é conhecida por conta de suas longas migrações anuais, que ocorrem durante o inverno.
Elas possuem cerca de 70 mm de envergadura e têm como característica principal asas laranjas, listras pretas e pintas brancas na extremidade das asas.
Elas são identificadas como a única espécie de borboletas que faz migrações anuais no sentido norte-sul, de forma semelhante a que algumas espécies de aves fazem.
A migração das borboletas-monarcas é considerada um dos fenômenos mais belos que ocorrem entre os animais.
O tempo de vida das borboletas-monarcas
A duração da jornada excede o tempo normal de vida de uma borboleta, que é de menos de dois meses.
O ciclo de vida normal da borboleta é viver 4 dias como ovo, 2 semanas como lagarta, 10 dias como crisálida e de 2 a até 6 semanas como uma borboleta adulta.
Entretanto, as borboletas que nascem a partir do final de agosto até o início de outono vivem por 9 meses.
Essa é a chamada Geração Matusalém e essas são as borboletas que voam do norte dos EUA ou Canadá até o México ou Califórnia.
A migração das borboletas-monarcas
As borboletas saem dos EUA ou Canadá e migram para o sul no início do Outono, rumando para o México ou Califórnia.
A maioria das borboletas migram do Canadá em direção ao Sul, para a Reserva da Biosfera Borboleta-Monarca. Este santuário fica no México, no estado de Michoacán. Na Califórnia, as borboletas-monarcas hibernam em bosques de eucalipto.
Nesses locais, elas passam o inverno e depois de 5 meses, durante a primavera, a geração matusalém volta para o norte.
Na migração elas percorrem aproximadamente de 4.000 a 5.000 km. Essas borboletas são um dos poucos insetos que conseguem fazer travessias transatlânticas.
Outro fato que contribui para que elas consigam fazer o trajeto é que elas possuem gosto desagradável e até mesmo tóxico para as outras aves, por conta da terem glicosídeos cardíacos presentes em plantas consumidas pelas borboletas quando elas são larvas.
O que ocorre quando as borboletas chegam ao seu destino
Ao chegarem na reserva mexicana, as borboletas se juntam em colônias em pinheiros e em árvores coníferas.
São tantas borboletas que as árvores chegam até mesmo a ficar com seu caule e galhos alaranjados.
O santuário se localiza na região central do México. Contudo, a altitude faz com que a área seja acometida frequentemente a baixas temperaturas, o que faz com que borboletas acabem morrendo congeladas.
Por isso as borboletas se agrupam nas árvores, como forma de conservar o calor.
Durante o dia, as borboletas abrem as asas para receber o calor do sol. E também aproveitam o calor do sol para se acasalarem.
Biólogos estão preocupados com a extinção das borboletas
A preocupação dos biólogos é que a migração das borboletas não seja mais possível. Isso porque, a região para a qual elas vão tem sofrido com constantes desmatamentos.
Outro fato que contribui para a diminuição das borboletas-monarcas é o aumento dos níveis de dióxido de carbono e a consequente mudança climática.
De acordo com os cientistas, a solução seria a criação de novos habitats para as monarcas, a partir da plantação de espécies nativas que possam fornecer alimento e descanso para as borboletas durante a jornada de migração.