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Elisabeth Fritzl: A garota mantida em cativeiro pelo pai

O engenheiro elétrico Josef Fritzl manteve a filha, Elisabeth Fritzl, em cativeiro por 24 anos. Este crime bizarro ocorreu em Amstetten, na Áustria. 

Além de manter a filha em cativeiro, o homem também a engravidou sete vezes. Tudo isso sem levantar suspeitas da mulher e dos vizinhos.

Três dos filhos de Elisabeth foram criados por Fritzl. Os outros três ficaram no cativeiro com a mãe e um deles morreu após o parto.

Josef Fritzl

O sequestro de Elisabeth Fritzl

Elisabeth Fritzl foi aprisionada em 1984, quando tinha 18 anos. Na ocasião, o pai a obrigou a escrever uma carta dizendo que tinha fugido e que não era para a procurarem. Ele contava para todos que a filha tinha ido embora com uma seita.

Contudo, o mais espantoso é que a jovem estava no porão de sua casa, sendo violentada pelo pai diversas vezes.

Elisabeth Fritzl

Todos os filhos frutos do estupro nasceram no porão. Fritzl deixou três crianças na porta de sua casa, como se Elisabeth as tivesse abandonado ali. Junto com os bebês, para que ninguém desconfiasse, ele fez Elisabeth escrever cartas. Em uma delas, de 1993, dizia:  “O bebê tem nove meses, terá uma vida melhor com seu avô e avó que comigo”.

Essas crianças cresceram como se nada tivesse acontecido e as outras três permaneceram com a mãe. Quando o cativeiro foi descoberto, o mais velho tinha 19 anos.

A criança que morreu ao nascer teve o corpo incinerado por Fritzl.

A descoberta que chocou o mundo

O caso foi descoberto em 27 de abril de 2008 quando uma das crianças adoeceu e teve que receber atendimento médico.

Fritzl contou aos médicos que tinha encontrado a garota, Kerstin, inconsciente na rua. Mas, o fato levantou suspeitas e a polícia foi acionada para procurar a mãe da garota para saber o que realmente tinha acontecido. Foi aí que o cativeiro foi descoberto.

Casa da família Fritzl

Liberdade para Elisabeth Fritzl e seus filhos

Kerstin, então com 19 anos, ficou doente e Fritzl teria decidido libertar Elisabeth e seus outros dois filhos que estavam no cativeiro.

O plano era contar para a sua mulher que a filha desaparecida tinha voltado para casa.

Porém, a polícia logo desconfiou e chegou até o cativeiro que Elisabeth vivia com Stefan (18 anos) e Felix (5 anos), que nunca tinham visto a luz do sol.

O cativeiro que eles estavam tinha cerca de 60 m², com uma pequena cozinha, banheiro e local para dormir.

O acesso era feito por uma porta de aço escondida atrás de uma estante. A porta era protegida por uma senha eletrônica que só Fritzl conhecia.

O local também possuía isolamento acústico, o que impedia que as vozes e barulhos fossem ouvidos no resto da casa.

Fritzl ainda teria deixado claro para mulher e os outros filhos que a área era proibida para eles. Todas os dias, ele levava comida e mantimentos para a filha e as crianças.

Elisabeth contou que o pai começou a abusar dela quando ela tinha somente 11 anos.

O desfecho do caso Elisabeth Fritzl

O sequestro de Elisabeth Fritzl por seu próprio pai se tornou famoso em todo o mundo.

A mulher optou por uma vida no anonimato e mudou de nome, bem como seus filhos.

Elisabeth Fritzl (dias atuais) – Ilustração

No dia 19 de março de 2009, Josef Fritzl foi condenado à prisão perpétua pelos crimes de estupro, cárcere privado, incesto e homicídio.

Especula-se que durante os 24 anos de cárcere privado ele tenha estuprado a filha mais de três mil vezes.

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