A realidade virtual é um ambiente online onde o usuário pode entrar como se estivesse no local, mas na verdade tudo não passa de um sistema computacional.
A tecnologia permite, a partir de efeitos visuais e sonoros, a imersão em um ambiente simulado virtualmente. O usuário pode até mesmo interagir com aquilo que enxerga e está ao seu redor. Tudo depende das possibilidades do sistema em uso.
Com a evolução da tecnologia, a realidade virtual ganhou novas possibilidades. Atualmente, é possível utilizar acessórios como óculos especiais que mostram ambientes simulados que permitem a conexão com o mundo virtual.
O início da realidade virtual
O conceito de realidade virtual foi usado pela primeira vez em 1938 pelo francês Antonin Artaud (1896 – 1948) no livro “Le Théâtre et son double,”. O autor sugeria que em um teatro a ilusão de personagens criava uma realidade virtual.
Na visão do autor, os monóculos com imagens de pontos turísticos simulavam o efeito 3D, já que transportavam as pessoas para outros lugares. Isso mostra, que o ser humano tem vontade de se transportar para outros lugares, ainda que não de forma física, há muito tempo.
Na década de 1970, o artista digital Myron Krueger foi o responsável por desenvolver as primeiras instalações que permitiam interação. Nessa época já se usava o termo “realidade virtual” para designar combinações entre sistemas de vidas e computadores.
Contudo, o termo “realidade virtual” tal qual conhecemos é creditado como sendo de autoria de Jaron Lanier, que no início dos anos de 1980 utilizou esta denominação para diferenciar as simulações tradicionais feitas por computadores de simulações que envolvem múltiplos usuários em um ambiente compartilhado, como ocorre em jogos que se utilizam de realidade virtual, por exemplo.
Óculos de realidade virtual: Como funcionam
Os óculos de realidade virtual ou headsets criam a ilusão de profundidade a partir da estereoscopia.
Neste processo, duas imagens distintas são geradas, uma para cada olho. Desse modo, o cérebro interpreta que essas duas imagens são, na verdade, uma só, o que forja a sensação de realidade.
Esta tecnologia pode ser usada para filmes, games e demais ambientes tridimensionais. Além de criar ilusão para o cérebro, os óculos mais avançados também permitem a interação com o cenário a partir do movimento de cabeça do usuário.
Dessa forma, a imagem não permanece estática em um ponto, mas acompanha a movimentação do usuário, que tem uma visão completa do ambiente virtual em que está inserido.
O conceito de realidade virtual na atualidade
Os jogos têm contribuído para a popularização da realidade virtual, que se intensificou em 2010. Além dos jogos, a realidade virtual também está sendo colocada em outras funções, como é o caso do treinamento de soldados, por exemplo.
Na área da saúde, os óculos de realidade virtual também são usados por psicólogos para o tratamento de fobias.
No nosso dia a dia, vemos o uso de simuladores para proteger a integridade física de quem está aprendendo uma habilidade, como é o caso de simuladores utilizados em autoescolas.
Há ainda diversas possibilidades, como a visitação de museus de forma online ou ainda percorrer ruas a partir de ferramentas como o Google Maps.
Encenações feitas em espaços virtuais
Por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), espaços como teatros tiveram que ser fechados.
O estúdio Tender Claws lançou um jogo chamado de The Under Presents, que é um espaço onde é possível realizar performances teatrais. Pensando em novas possibilidades de entretenimento, a peça A Tempestade (Tempest), uma das mais encenadas de William Shakespeare, está sendo encenada no jogo, com uma pessoa interpretando a trama em tempo real.
Por conta dos mecanismos de ilusão, será possível transportar o público para a ilha remota na qual a trama se passa e oferecer uma série de recursos para que o espectadores se sintam no ambiente.
A peça ficará disponível na plataforma até setembro e para conferir é preciso ter Oculus Quest ou Oculus Rift.