No dia 7 de abril de 2011 o Brasil assistiu consternado a um dos crimes mais chocantes da sua história, o massacre em uma escola do Realengo no Rio de Janeiro.
Depois da tragédia, muito se falou sobre a questão da segurança nas escolas da rede pública do país, os políticos como sempre levantaram suas bandeiras em busca de votos, infelizmente a memoria do brasileiro é do tamanho da sua conscientização politica, eu sempre digo que aqui no brasil o povo só mobiliza para exigir alguma coisa se tiver algo relacionado a futebol ou religião…
Tudo que falei até agora foi apenas uma introdução para a pergunta: Depois depois de toda polemica e revolta causada pelo massacre de Realengo, o que mudou na segurança das escolas publicas do Brasil?
Quem nos trouxe essa resposta foi o publicitário Anderson Shon (23), ele decidiu “invadir” dez colégios públicos de Salvador para saber o que mudou no sistema de segurança das instituições depois que o psicopata Wellington Menezes de Oliveira, entrou armado pela porta da frente de um colégio público sem ser incomodado e tirou a vida de 12 crianças antes de cometer suicídio.
O resultado foi o documentário “O que nós aprendemos”, publicado no YouTube. No filme o publicitário vai até o banheiro das instituições “invadidas” e retira uma arma de brinquedo de sua mochila, mostrando como qualquer pessoa poderia facilmente reproduzir a ação de atirador de Realengo.
A ideia de produzir o vídeo surgiu depois que ele foi fazer uma visita a um amigo em uma escola de Salvador e percebeu como era fácil entrar na unidade mesmo depois da tragédia no Rio. “Sempre trabalhei na linha do humor, publicando vídeos no blog Lost Machine, mas depois deste fato vi que a falta de segurança nas escolas era um assunto muito sério para ser ignorado”. Anderson aguarda o resultado da sua especialização em educação e espera poder colaborar para não ver mais pais chorando no país que ele acha que não aprende com seus erros.
Correio24horas
Assistam ao vídeo:
Vídeo original do massacre de Realengo: