Ao pensar sobre qual assunto abordar, cheguei a conclusão de falar sobre o dilema dos estudantes que se formam na faculdade e não conseguem, de imediato, um emprego fixo na área em que almejam, como também os que tomam o caminho errado, e acabam se frustrando profissionalmente.
Encontrar um “lugar ao sol” no mercado de trabalho atual está difícil, ainda mais em cidades localizadas no interior deste vasto Brasil.
Há ainda os que saem do Ensino Médio com dúvidas sobre o que cursar na faculdade, são jovens que ainda não desenvolveram uma formação clara em suas mentes sobre o que realmente querem “ser” na vida, são jovens imaturos mentalmente, que não encontraram seu “rumo certo”.
Lembro-me de quando estava no segundo ano do EM, e já tinha uma escolha a fazer: Que faculdade cursarei? O dilema que permeia a mente de muitas crianças ainda cedo no ensino fundamental é: O que quero ser quando crescer? Hoje vejo que a pressão dos professores, da sociedade e de nossos pais para tomarmos uma decisão rápida é um tanto prejudicial na nossa escolha final.
É fácil vermos hoje em dia jovens indecisos e infelizes, enchendo salas de aulas de faculdades de Direito, Engenharia e Administração e outros, sem saber como chegou ali, e se realmente ama o que está fazendo.
Todavia, são 4 anos que talvez sejam perdidos, simplesmente porque era cedo demais para escolher uma profissão, até porque ainda jovens não nos conhecemos por completo, ainda não estamos maduros o suficiente, temos variados complexos de identidade, mas mesmo assim temos que fazer essa escolha rápida.
Estou abordando isto com base em minhas próprias experiências, ter pressa para fazer algo e sobre pressão é prejudicial, pois tomamos a decisão num momento não muito confortável, por consequência o jovem escolhe a primeira profissão que vem à mente, ou até mesmo a profissão escolhida pelos pais, “O sonho do meu pai sempre foi que eu fosse um grande médico, por isso escolhi esta profissão”, É muito comum ouvir também “O curso que queria só tem fora da cidade.
Vou fazer um curso técnico, o que realmente quero só tem na faculdade tal que fica no lugar tal” enfim, é comum ouvir esta frase hoje em dia, principalmente em pequenas cidades onde há somente uma faculdade de renome, caso contrário, é necessário mudar de região, ir para fora da cidade para cursar uma faculdade pública.
Ou seja, surge a insegurança de se mudar para outro estado por causa da distância da família e a segurança do lar, afinal a maioria são jovens de 19 anos sem experiência no mercado, que ainda dependem dos pais para se sustentarem.
Então acabam por “fazer por fazer”, o resultado são jovens cegos, e futuros profissionais frustrados.
São sonhadores que deixaram de sonhar, seus sonhos foram oprimidos pela insegurança e a pressão externa da sala de aula, mestres e pais.
Ficaram confusos na jornada e tomaram o caminho errado enquanto estão aprendendo algo que talvez não será a profissão tão sonhada, estão perdendo tempo e, infelizmente, ainda após formados não terão de imediato uma oportunidade no mercado de trabalho se não correrem atrás, se não se aventurarem no mundo para obterem a experiência necessária.
Segundo Cury (2007), os sonhos das pessoas se tornam realidade porque ganham um combustível emocional que jamais se apaga, tal combustível é o desejo incontrolável de ser útil em algo e para alguém.
Um profissional não encaixado em uma profissão certa acaba não atendendo os objetivos primordiais e com isso não se torna útil para a sociedade e nem para si mesmo.
Para isso não acontecer é preciso apoio, primeiramente da família, e então da escola e mestres.
É importante tanto o adolescente e o jovem fazer um teste vocacional como também desenvolver uma maturidade maior e se auto conhecer para, só então, escolher qual profissão se entregará para a vida toda, assim ele não será um médico frustrado, um professor ou um contador infeliz. Ele será quem ele realmente quis ser a vida toda.
(Visite meu Blog: “Semelhantes a Cristo” http://lairranasemelhantesacristo.blogspot.com.br/)